terça-feira, 18 de setembro de 2012

PREGNÂNCIA

 
Pregnância. Palavra traiçoeira. Em um princípio antes do tempo, eu acharia que isso significaria algo como tirar alguma coisa de algo. Algo volátil. Como se fosse o antônimo de Impregnar. Pronto, podem parar de rir, eu disse "em um princípio antes do tempo", lembram? Então, hoje vejo essa coisa caótica com outros olhos. Depois de uma estudadinha aqui, outra ali, uma conversa corriqueira com o velho e perdido Bruno Pael, que já apresentei para vocês, descobri que a pregnância é uma lei da Gestalt que diz, bem sinteticamente, que todas as formas tendem a ser percebidas de forma simples. Vamos ao exemplo: segue abaixo uma pintura de Angel Estevez, artista espanhol radicado no Brasil.  
 

 

 
Bacana a pintura, certo? O que significa?
 
Crí.
Crí.
Crí.
Então. É isso. O que você pensou? É uma expressão do distanciamento dos astros intergalácticos em face ao desprendimento da consciência suprema do Criador? Pode ser. O artista possivelmente tem uma explicação para isso. Peço desculpas e licença à ele para falar que para mim são desenhos geométricos coloridos. É isso mesmo. Um monte de bolinhas, ou "tírtulos" como diz minha filha. Bolinhas, retas, triângulos e outras figuras geométricas, todas muito bem pintadas e coloridas. Só isso. Confesso que não sou um entusiasta das artes. Sou um pouco mais "exato", entendem? E isso é a pregnância, observar as coisas e linkar com coisas que já conhecemos de forma simples para a melhor compreensão. Quanto mais simples melhor.  
Agora vem cá. Bem pertinho. Porque nós não usamos a pregnância, no seu sentido mais cru, mais simples, para vivermos a nossa vida? Porque nós temos que complicar tudo? Porque nós não simplificamos a nossa vida, vivemos o momento, aprendemos a aceitar as coisas como elas são? Porque temos que arrumar explicação para tudo? Nós tentamos inventar coisas difíceis, creio eu, para que possamos falar que sabemos mais do que os outros. Isso é idiota. Cada um sabe o necessário para viver a sua vida. A busca incessável pelo conhecimento pleno só serve para pessoas incompletas. Se você busca explicação para tudo, você não é curioso, você é estúpido. Você poderia estar amando coisas simples. Se deliciando com a natureza, com o próximo. Dando risada de coisas banais, tomando um sorvete, jogando bolita, pebolim talvez. Fazendo avião de papel e jogando na rua às 2 da manhã.
Fica a dica: para ser feliz e completo, não é necessário saber tudo, conhecer o funcionamento do mecanismo universal. Para ser feliz e completo, temos que viver de forma simples. Sem muita "problematização". Se esforce um pouco e você conseguirá se desprender de coisas que só te trazem problemas e aflições.
Quem nunca ouviu a seguinte pergunta: Você vive para comer ou come para viver? Simples: Coma e viva. Só isso. Sem paradigmas.
 
LIBERTE-SE DE VOCÊ.
SEJA FELIZ.
 
 
 

1 comentário:

  1. Realmente quem não têm o mínimo conhecimento sobre arte só vai ver mesmo "bolinhas coloridas".
    Angel Estevez

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