terça-feira, 18 de setembro de 2012

PREGNÂNCIA

 
Pregnância. Palavra traiçoeira. Em um princípio antes do tempo, eu acharia que isso significaria algo como tirar alguma coisa de algo. Algo volátil. Como se fosse o antônimo de Impregnar. Pronto, podem parar de rir, eu disse "em um princípio antes do tempo", lembram? Então, hoje vejo essa coisa caótica com outros olhos. Depois de uma estudadinha aqui, outra ali, uma conversa corriqueira com o velho e perdido Bruno Pael, que já apresentei para vocês, descobri que a pregnância é uma lei da Gestalt que diz, bem sinteticamente, que todas as formas tendem a ser percebidas de forma simples. Vamos ao exemplo: segue abaixo uma pintura de Angel Estevez, artista espanhol radicado no Brasil.  
 

 

 
Bacana a pintura, certo? O que significa?
 
Crí.
Crí.
Crí.
Então. É isso. O que você pensou? É uma expressão do distanciamento dos astros intergalácticos em face ao desprendimento da consciência suprema do Criador? Pode ser. O artista possivelmente tem uma explicação para isso. Peço desculpas e licença à ele para falar que para mim são desenhos geométricos coloridos. É isso mesmo. Um monte de bolinhas, ou "tírtulos" como diz minha filha. Bolinhas, retas, triângulos e outras figuras geométricas, todas muito bem pintadas e coloridas. Só isso. Confesso que não sou um entusiasta das artes. Sou um pouco mais "exato", entendem? E isso é a pregnância, observar as coisas e linkar com coisas que já conhecemos de forma simples para a melhor compreensão. Quanto mais simples melhor.  
Agora vem cá. Bem pertinho. Porque nós não usamos a pregnância, no seu sentido mais cru, mais simples, para vivermos a nossa vida? Porque nós temos que complicar tudo? Porque nós não simplificamos a nossa vida, vivemos o momento, aprendemos a aceitar as coisas como elas são? Porque temos que arrumar explicação para tudo? Nós tentamos inventar coisas difíceis, creio eu, para que possamos falar que sabemos mais do que os outros. Isso é idiota. Cada um sabe o necessário para viver a sua vida. A busca incessável pelo conhecimento pleno só serve para pessoas incompletas. Se você busca explicação para tudo, você não é curioso, você é estúpido. Você poderia estar amando coisas simples. Se deliciando com a natureza, com o próximo. Dando risada de coisas banais, tomando um sorvete, jogando bolita, pebolim talvez. Fazendo avião de papel e jogando na rua às 2 da manhã.
Fica a dica: para ser feliz e completo, não é necessário saber tudo, conhecer o funcionamento do mecanismo universal. Para ser feliz e completo, temos que viver de forma simples. Sem muita "problematização". Se esforce um pouco e você conseguirá se desprender de coisas que só te trazem problemas e aflições.
Quem nunca ouviu a seguinte pergunta: Você vive para comer ou come para viver? Simples: Coma e viva. Só isso. Sem paradigmas.
 
LIBERTE-SE DE VOCÊ.
SEJA FELIZ.
 
 
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A capacidade do ser humano!

Cada dia que passa eu me admiro mais com a capacidade do ser humano de ser ruim. Ruim consigo mesmo, com seu semelhante e com o que há a sua volta. Existe um grande amigo meu, cara que estava comigo em algumas noites de desespero literário, camarada do peito, meio anarquista, confesso. Mas um cara de grande sabedoria. Esse cara se chama Jean-Jacques Rousseau. Ou para os íntimos, JJ. Então, feita as apresentações, o JJ dizia que o homem nasce ímpio, a sociedade é que o corrompe. Eu achava meio extremista esse seu pensamento, mas em algumas discussões mais fervorosas, percebi que ele estava mais certo que errado. O homem nasce bom, apenas com o instinto de sobrevivência. Ele quer se alimentar, para sobreviver a esse novo estilo de vida que foi imposto à ele. Chora quando está frio, quando está calor, quando está com dor, enfim, chora para tudo. Compreensível, visto que é o único jeito de se expressar. Com o tempo ele começa a imitar as pessoas que estão à sua volta. Pronto! Danou-se tudo. Daí para frente, ele, na grande caixa de Skinner que é o mundo, só vai reproduzir situações, costumes e preconceitos.
Por vezes vi o homem, em sua ganância desesperadora, passar por cima do próximo, desprezar quem está precisando de ajuda, prejudicar por simples prazer. Isso é inerente ao seu condicionamento pela sociedade, ou é uma arrumação intercromossomial feita pela natureza humana? Sim, pois são correntes totalmente distintas. O homem é ruim por causa de sua criação, ou ele tem predisposição genética para o mal? Dúvidas que nem o Sig conseguiria responder, creio eu. Um caso a ser discutido juntamente com o psicólogo e amigo Bruno Pael dos Santos, do blog Mente In Litteris (http://menteinlitteris.blogspot.com.br/).
Existem humanos bons. Fato. Mas será mesmo que altruísmo não existe? Que o ser humano não se doa totalmente para uma causa, um bem comum? Será que Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, Tashi e Francisco Anselmo se sacrificaram (cada um a seu modo), pelo bem comum, mas esperando alguma coisa em benefício próprio? E essas pessoas, tiveram criações ou foram cercadas pela sociedade perfeitamente boa? Será que o "meio" interferiu tanto na identidade genética dessas pessoas, ou a predisposição é apenas para o mal? Acho que essas são questões para discutirmos incessantemente, para que possamos chegar a um acordo e instaurar politicas radicais sobre o mal. Sim, será que devemos por a culpa na sociedade, que é formada por mim e por você, ou levar isso ao patamar da ciência e da genética? Se for culpa da genética, vamos "ajeitar" as coisas. Se for culpa da sociedade, vamos investir pesado contra a democratização dos direitos e colocar a coisa em ordem.
O JJ está gritando aqui: Se houvesse um povo de deuses, ele seria governado democraticamente. Um governo tão perfeito não convém aos homens. E está certo novamente, pois para um povo egoísta, o pior que pode existir deve ser viver em sociedade, onde devemos pensar juntos a solução dos problemas, certo?

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O desespero ganha muitas vezes batalhas.

"Essa é uma frase do meu amigo Voltaire, e eu consegui entender ela a muito pouco tempo. Eu achava que tudo na vida tinha que ser minuciosamente estudado, esquematizado, para que não houvesse dúvidas quanto ao êxito do que fosse realizado. Mas nem sempre é assim. Agora, depois de uma vida de (pré)conceitos, atitudes relativa e exaustivamente pensadas e repensadas, percebi que o tempero do mundo, e quem sabe da vida, é e sempre será o desespero. Por que o desespero e não o amor, por exemplo? Sabem por quê? Porque no desespero nós perdemos a vergonha, o medo de errar. O desespero nos liberta de pomposidades, de paradigmas e de sentimentos infantis como a ganância e a megalomania. Vimos, no desespero, que não somos nada. Que somos apenas coadjuvantes, peças em um tabuleiro que não conseguimos sair, sempre levados a avançar ou retroceder, seguindo a "mão invisível" que nos rege. A respeito de mão, pode-se entender Deus, a mão invisível do mercado, nossa criação, enfim, muitas outras coisas que nos fazem seguir esse ou aquele caminho. Já o amor é pleno. É completo. É sim, é plenamente egoísta e completamente sem nexo.
Mas não estou aqui agora para discutir sobre adjetivos e definições. Estou aqui para mostrar que o desespero de um pai, que sempre andou no caminho da retidão, o leva a cometer atitudes que sempre reprovou. O desespero de uma pessoa sem perspectiva de vida, enfiado em uma cidadezinha de merda no interior de um país sem rumo, faz com que ela acorde e veja o mundo que existe por trás daquela parede de conformismo. O desespero, o Grande Libertador. Tratarei ele daqui para frente com respeito, então a partir de agora chamarei ele de Senhor Desespero, pois ele sim tem autoridade de nos exonerar de qualquer lei ou regulamento. Ele nos deixa livre para fazer o que quisermos. O Senhor Desespero nos dá força para seguir além de nossos limites, além de nosso orgulho. Ele nos faz vencer a maioria das batalhas.
Ele, o Senhor Desespero, está em tudo. No mercado financeiro, existem duas forças opostas, mas que ao mesmo tempo se completam. A ganância e o medo. A ganância de ganhar mais e o medo de perder tudo. E tentem adivinhar quem é o fiel da balança. Sim é ele senhores e senhoras. O Senhor Desespero. O desespero em ganhar logo, o desespero em vender logo, o desespero desesperador de ver a conta no vermelho, de ver suas economias indo embora por causa de atitudes impensadas de quem se dizem "analistas". Na vida do mortais aqui em baixo, é mais fácil ver o distinto senhor. Ele está no trabalho ingrato que você realiza todos os dias e não tem reconhecimento. Ele está na enorme fila do banco que você tem que encarar na sua única hora de almoço, antes que cortem a sua energia elétrica naquela tarde. Ele está bem ali, na chave que não entra na fechadura, bem no momento em que você está apertado, precisando usar o banheiro. É estranho você pensar assim, né? Mas não é não, é que nós sempre pensamos em desespero, em último momento, em última instância. Mas ele está ali, bem ao seu lado, sempre que você sente aquele aperto no peito, aquele plasma semi congelado que escorre pelo seu peito em direção à barriga. Muitas vezes sem motivo aparente. Mas seu subconsciente sabe, e como sabe. Você vive em desespero o tempo todo. E algumas vezes em um tipo de pré-desespero, ou seja, entra em desespero numa situação totalmente favorável, devido ao fato de aquilo acabar, não ser bem assim, ou simplesmente porque pode estar ocorrendo algum tipo de erro, pois não pode ser tão fácil assim.
O que quis dizer nessas muitas palavras desnecessárias, é que você tem que usar o Senhor Desespero como um aditivo. Como um "gás" no seu dia-a-dia. Use-o sem moderação, pois ele vai te despir de tudo, e restando apenas você e o mundo, alguém tem que sobreviver, certo? E que esse alguém seja você. Volte ao tempo das cavernas, aonde só sobreviviam os mais fortes, onde todos se desesperavam com a chegada da noite, o grande "Satã" da época. Mas mesmo assim, todos acordavam no outro dia, com força suficiente e acima de tudo, com desespero suficiente, para conseguir o que precisavam para sobreviver a mais um tormento que chegaria logo à frente. Porque o desespero ganha muitas vezes batalhas." 

Mudanças de Atitude

Começarei, a partir de hoje, com novas postagens, e frequentes, sobre educação, moral, educação moral e conceitos relativos a cidadania, enfim, tentarei mostrar porque se deve pensar antes de fazer qualquer coisa ou se deixar levar por sentimentos frívolos de sabedoria popular. Trocando por miúdos, tentarei fazer você enxergar a fossa em que está vivendo, cercado de escrementos e outras "cositas mas". Aguardem, pois o material que está vindo ajudará muito você a odiar mais ainda a condição de verme que você está vivendo. Abraços....

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vamos direto ao assunto.

Cansei. Cansei mesmo. Estou cheio dessa merda de ser humano. Não a merda de ser um humano. Estou falando do ser humano substantivo, esse que tem leis que não segue, deveres que não cumpre e direitos que não cobra. É muito bonito falar que estamos em uma sociedade desestruturada, a beira do caos, falar que tem uma gigantesca concentração de renda na mão de tão poucos, enquanto milhões morrem de fome. É fácil reclamar do poder político que governa nosso país e comentar na porta do boteco qual foi o escândalo da vez no congresso nacional. Parece até altruísta lembrar as dificuldades por que passa o povo brasileiro à mercê das políticas públicas falidas nas áreas da saúde, educação, lazer, etc., garantidas na constituição federal. Meu Deus, quanta hipocrisia. Não é dos políticos que estou falando não. Estou falando é de você, que fica com sua bunda grudada no sofá, cadeira ou colchão em casa assistindo o Jornal Nacional noticiar tudo isso (e mais um pouco, depende do quanto você pagar ou do lado que for melhor para eles) e ainda tem coragem de reclamar. Vai se fu..., seu filho da pu... Quer reclamar de burguês que mora em bairro nobre, mais não quer saber o que o cara faz para estar neste patamar. Quê? Eu? Defendendo esse bando de vampiro de suor do povo? Tô não, seu besta, estou tentando te mostrar que os caras tiram prefeito, colocam vereadores e financiam os vadios dos políticos para facilitarem a vida deles. E o pior é que vem um otário igual a você e vota nos demônios de que tanto reclamam. “Ah, mais eu conheço o cara que eu votei, o cara é bom, vai fazer alguma coisa por mim, vai me colocar para trabalhar na prefeitura e vai ajudar a população”. É isso que alguns vão dizer. Então tá. Qual era o número do vereador que você votou na última eleição? Demorou em lembrar? Mais essa era a pergunta fácil, pô. O que eu quero mesmo é saber o que era que ele defendia durante a campanha eleitoral da última eleição? Qual foi o posicionamento dele em relação à crise econômica mundial da qual o seu presidente insiste em dizer que para o Brasil foi uma marolinha? Você não lembra porque você estava preocupado se ia sobrar pucheiro, churrasco ou R$ 10,00 reais para você durante a “reunião” na casa do seu vizinho. Ou pior, você não sabe, por que nem o estrume do seu candidato sabia que isso ia acontecer. Você tudo bem, trabalha 8 horas por dia, quando não mais, chegou em casa cansado e quando pegou o jornal de manhã só deu para ler a capa e o caderno de esportes. Mais e o cara em que você votou? Se ganhou, é claro. Por que ele não sabia? O cara quer seguir carreira política (alguns até acham que a política é uma profissão), e não se intera da economia mundial e nacional? Que boçal pode ter a petulância de achar que a economia não era importante, que o que importava mesmo era “a indignação que ele sentia em ver seu povo sendo destratado e menosprezado por políticas públicas que beneficiam a burguesia e destroem os sonhos dos trabalhadores que sustentam esse país”? Sem sacanagem, eles falam desse jeito mesmo. E o mais legal é a pomposidade na fala, quase dói os ouvir falando isso com tanta tristeza no coração. Às vezes dá uma vontade tremenda de chorar nos discursos políticos, dá aquele nó na garganta, sobe aquele frio na espinha... Vocês sabem como se chama isso? “UNHPFDCO”. É uma sigla que quer dizer: Usar as necessidades do homem para fazer demagogia na cabeça de otário. E o pior é que na maioria das vezes funciona. PQP (essa sigla acho que você conhece). Quando é que você vai acordar e ver que o cara tem que falar no mesmo tom que você? Que o doidão de terno lá em cima tem que reproduzir o que falam aos berros os descamisados aqui embaixo? Pelo amor do bom Deus, ou de Darwin ou, para aqueles que seguem o Niilismo, pelo amor do Nada, quem sabe das necessidades do povo é você, imbecil, você é que faz parte dos que ficam 6 horas na fila do atendimento do posto de saúde, para o médico dizer que sua pneumonia é uma virose. É você que trabalha três meses em um ano para dar o dinheiro para o governo investir na população da qual você faz parte, e vê seus impostos indo nos bolsos de pessoas que têm 145 fazendas. Você trabalha 250 horas por mês durante três meses para pagar salários de 50, 60, 70 mil reais por mês para cada senador em Brasília. Levanta, vai pegar o que é seu. Não adianta invadir fazenda de quem trabalha. Falando mais claramente, não adianta entrar para o MST, fazer bagunça e roubar coisas dos outros. Não adianta dar uma de Punk Anarquista filho de Marx. Vai pegar o que é seu por direito. Mete o pé na porta do senado, da câmara legislativa, da prefeitura, do inferno se for necessário, mais não deixem os caras de fala bonita pagarem R$ 126 bilhões em divida externa e investirem R$ 2,3 bi na saúde do nosso país. E depois ainda tem coragem de vir em rede nacional dizer que nunca na história desse país diminuímos tanto a divida externa. Lógico, dão uma de Robin Hood às avessas, tirando dos pobres para dar aos ricos. A última agora é que foram investidos R$22 bilhões (eu acho, depois confirmo e repasso para vocês), em caças da França. E ainda dizem que é necessário, por que vizinhos como a ”Venezuela*” (*isso dá uma cadeia) estão se armando, e fazem divisa com a Amazônia. Legal, proteger a nossa soberania e nosso território. Legal mesmo. Mais então por que caralh.... venderam os nossos caças antigos para a bost... da Venezuela? Hã? Hã? Hã? Hã? Alguém pode me responder? (Nessa última frase pense em mim gritando e levantando as mãos para o céu).
Agora descobriu por que motivo estou cheio? Se não descobriu leia o próximo post meu. Vou te dar mais algumas dicas.
Agora me imagine colocando o dedo na sua cara, e perguntando:

“Você vai deixar isso desse jeito?”

domingo, 16 de agosto de 2009

Só para refletir!!!

"O Brasil quando sonha sacode Washington; quando se move desloca o Continente;
e quando acordar abalará o mundo." (John Gerassi.jornalista americano)

"Sobre esse panorama de miséria, reboa a voz de Zaratustra que desce da montanha!" (Plínio Salgado)

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”
(Rui Barbosa)

"Na primeira decisão democrática que se tem notícia, Jesus Cristo foi crucificado e Barrabás libertado"
(Autor desconhecido)

"O marxismo não é socialismo. Socialismo e comunismo não são a mesma coisa. Os marxistas se apropriaram do termo e mudaram seu significado. Ao contrário do marxismo, o socialismo não implica em negar a própria personalidade. Ao contrário do marxismo, o socialismo é patriótico. Não somos internacionalistas; nosso socialismo é nacional"
"Nenhum homem saudável pode ser marxista. Os homens sadios reconhecem o valor do indivíduo. Enfrentamos as forças do desastre e da degeneração."
(Adolf Hitler, 09 de julho de 1932, entrevista à revista norte-americana "Liberty")

"Se eu progredir, siga-me, se eu morrer, vinga-me, se eu recuar, mate-me ."
(Duce Benito Mussolini)


O que tudo isso quer dizer?

sábado, 8 de agosto de 2009

Mudando de assunto

Esses dias para trás eu estava na casa de um amigo, com mais um amigo nosso, tomando um tereré, mesmo contra todo o perigo de contrair uma gripe suína e falando sobre assuntos aleatórios. Daí dei uma saidinha para buscar minha namorada. Quando voltei, a merda estava feita. Estando eles discutindo sobre homossexualismo e mídia. Duas coisas, segundo um, que se completavam nos dias atuais, e segundo o outro, que não tinham relações nenhuma uma com a outra. Quero desde já esclarecer 2 coisas. Primeiro, tenho orgulho de ser heterossexual e minha opinião sobre o homossexual é minha e que se fod.... o que vão achar, isso não vem ao caso, pois não é isso que vou discutir aqui, e que me perdoem os dois amigos se eu omitir algum fato que foi discutido. Segundo esclarecimento: vou chamar o amigo que defendia que a mídia que o homossexualismo estão intrínsecos de Kafka e o que defendia que estão separados de Erickson, apenas para preservar suas identidades.

Vamos aos fatos. Quando cheguei na casa de Kafka, Erickson estava defendendo calorosamente sua opinião, dizendo que não tinha como a TV ou as emissoras aumentarem o número de homossexuais no mundo porque ou a pessoa é ou não homossexual. Kafka dizia que Erickson não estava entendendo, que não era que uma pessoa ia olhar uma parada do orgulho gay sendo transmitida na TV que a pessoa ia virar gay, mas o fato de, como ele diz, “normatizar” (ou seja, para ele, transformar em coisa normal) o homossexualismo é que era o problema. Kafka dizia que era uma vergonha tratar o homossexualismo como coisa normal, que um casal de homossexuais pode ter uma vida normal como se passa na novela, pois não é bem assim. Mais o fato era que, segundo Kafka, as crianças que assistem tais novelas ou programas de TV onde o homossexualismo é tratado de forma bonita e respeitosa, incentivaria as crianças a se tornarem homossexuais, pois depois que a TV começou a abordar esses assuntos, o número de homossexuais cresceu espantosamente. Erickson dizia que os homossexuais já existiam, o fato de ter aumentado o número de homossexuais hoje se deve ao fato da pessoa se sentir mais à vontade de assumir sua posição sexual. Eu entrei no bonde e fui direto para a janelinha, expondo minha opinião sobre o fato.

Como os dois estavam, em suas discussões, complementando em partes, um a teoria do outro, fomos mais profundamente na discussão. Para Kafka, um marxista de carteirinha, embora não assuma, a mídia tem o poder de alienar e mandar na vida das pessoas. Fazer gostar ou não de determinado assunto ou posição política, enfim, a mídia é o ópio do povo. Para Erickson, isso é uma grande merda, pois a pessoa pode mudar de canal, desligar a TV, ler um livro, e etc., enfim, não precisava ficar assistindo aquilo. Tais programas de TV ou novelas têm audiência porque tem alguém para assistir. Kafka dizia que as emissoras colocavam a questão de forma corriqueira, no dia-a-dia dos personagens, tentando passar que aquele programa estava traduzindo a realidade externa para a realidade “interna” à televisão. Erickson tentou explicar que era isso mesmo. A mídia filtra a realidade e a expõe segundo seu prisma. É tendenciosa? Sim é tendenciosa. O que não é tendencioso tratando-se do ser humano?

Vou expor minha opinião. Primeiro, a mídia é coisa do demônio. Veja bem, você assiste em um jornalzinho sensacionalista destes que estão por ai que houve um homicídio. A polícia estava investigando por que a pessoa 1 matou a pessoa 2. A pessoa 3 estava do lado e viu que a pessoa 2 sequestrou o filho da pessoa 1 e foi cobrar o resgate. A pessoa 1 perdeu a cabeça e assassinou a pessoa 2. Isso não está certo, mais por isso que existe a tal da “excludente de punibilidade por violenta emoção ou embriaguês”. A pessoa 4 que estava do outro lado da rua viu a discussão ser entender o motivo, mais viu 1 matar o 2. A polícia toma o depoimento de 4 e os jornais o colocam nas manchetes, “Segundo testemunha ocular, uma velhinha de 80 anos que faz uma excelente assistência social em nossa cidade, salvando mais de 50.000.000 de pessoas das drogas e que viajou por mais de 250 países pregando a paz e o amor, o acusado 1 matou violentamente a vítima, e com requintes de crueldade”. Para os despreparados filosoficamente e que não tenham uma cultura tão vasta, irão para as portas de bar, cabeleireiros, oficinas e afins, dizer o quão monstro é a pessoa 1, que aquilo é coisa do inimigo, matar uma pessoa inocente, essas coisas. Então? E agora? A mídia é determinante ou não? Mais defendendo Erickson, para mim, a mídia é um produto como qualquer outro, e está ali para ser vendida, compra quem quer. Não é o fato de passar uma propaganda das Casas Roraima, que eu só vá comprar lá. Pois EU SEI que existem outras lojas como o Ponto Morno, por exemplo. Com o homossexualismo é a mesma coisa. Está passando na TV, mais eu compro se eu quiser, como sei que sou hétero, isso faz com que eu mude o canal ou desligue a TV. A mídia influencia o pensamento das pessoas? Sim, influencia. Mas isso vai depender do estágio psicológico e idiossincrático de cada um. Vai depender se você é um formador de opinião, um ser crítico, ou é um Maria-vai-com-as-outras. No caso dos adolescentes do Brasil e do mundo, que não têm mais estrutura familiar, é complexo. Pois a moda agora é ser bissexual. A modinha EMO diz que é bonito beijar homens e mulheres ao mesmo tempo. Eu tenho uma opinião de que o sentimento fraterno de amor está sendo convertido em sentimento sexual. O fato de ser mostrado na mídia que é normal a relação entre pessoas do mesmo sexo, o que não deixa de ser, impulsiona de certa forma tais relações entre os adolescente, mais compra quem quiser. O fato é que não podemos nos ater somente no discurso determinista e moldado de que a culpa é dos outros, pois a culpa é nossa, e somente nossa. Nós estamos entregando a guarda de nossos filhos ao Estado, mandando-os para a escola e achando que é dever deles dar educação civil e moral às nossas crianças. A culpa é da estrutura familiar, pois, quando existe, é substituída por novelas e programas de auditório. Ou vocês não perceberam que as pessoas da mesma família só se sentam juntas para assistir TV? A culpa é da família que não passa estrutura filosófica e discernimento moral sobre assuntos do homem. Agora vem gente falar que a TV é que faz coisas ruins para a humanidade, não dá. Cada homem e mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo e seu pensamento. Desde que não interfira na vida dos outros. Os princípios morais e filosóficos devem ser passados pela família, para um melhor entendimento sobre as coisas do mundo, não um conhecimento científico (esse é dado pela escola) mais um conhecimento humano e idiossincrático, mostrando que personalidade não é poder escolher o que quiser, seja ser gay ou hetero, cristão ou satanista, punk ou nazista, e sim mostrando que personalidade é quando a pessoa sabe o que quer e defende isso com conhecimento e causa, não por mídias ou notas de rodapé, mais por incisões na carne.

Mais uma vez, a mídia não forma pensamento, a falta de conhecimento é que causa a aceitação de qualquer teoria, modinha ou estilo de vida.

Então é isso, ficou meio grande, não consegui passar direito a mensagem, mais explicarei melhor que o erro é individual e não da interiorização do coletivo, pois as pessoas têm tendência a aceitarem o que lhes faz pertencer a um grupo, e não o grupo que se faz ser aceitado.

"O Homem nasce ímpio, a família que o ensina a se deixar corromper."