sábado, 8 de agosto de 2009

Mudando de assunto

Esses dias para trás eu estava na casa de um amigo, com mais um amigo nosso, tomando um tereré, mesmo contra todo o perigo de contrair uma gripe suína e falando sobre assuntos aleatórios. Daí dei uma saidinha para buscar minha namorada. Quando voltei, a merda estava feita. Estando eles discutindo sobre homossexualismo e mídia. Duas coisas, segundo um, que se completavam nos dias atuais, e segundo o outro, que não tinham relações nenhuma uma com a outra. Quero desde já esclarecer 2 coisas. Primeiro, tenho orgulho de ser heterossexual e minha opinião sobre o homossexual é minha e que se fod.... o que vão achar, isso não vem ao caso, pois não é isso que vou discutir aqui, e que me perdoem os dois amigos se eu omitir algum fato que foi discutido. Segundo esclarecimento: vou chamar o amigo que defendia que a mídia que o homossexualismo estão intrínsecos de Kafka e o que defendia que estão separados de Erickson, apenas para preservar suas identidades.

Vamos aos fatos. Quando cheguei na casa de Kafka, Erickson estava defendendo calorosamente sua opinião, dizendo que não tinha como a TV ou as emissoras aumentarem o número de homossexuais no mundo porque ou a pessoa é ou não homossexual. Kafka dizia que Erickson não estava entendendo, que não era que uma pessoa ia olhar uma parada do orgulho gay sendo transmitida na TV que a pessoa ia virar gay, mas o fato de, como ele diz, “normatizar” (ou seja, para ele, transformar em coisa normal) o homossexualismo é que era o problema. Kafka dizia que era uma vergonha tratar o homossexualismo como coisa normal, que um casal de homossexuais pode ter uma vida normal como se passa na novela, pois não é bem assim. Mais o fato era que, segundo Kafka, as crianças que assistem tais novelas ou programas de TV onde o homossexualismo é tratado de forma bonita e respeitosa, incentivaria as crianças a se tornarem homossexuais, pois depois que a TV começou a abordar esses assuntos, o número de homossexuais cresceu espantosamente. Erickson dizia que os homossexuais já existiam, o fato de ter aumentado o número de homossexuais hoje se deve ao fato da pessoa se sentir mais à vontade de assumir sua posição sexual. Eu entrei no bonde e fui direto para a janelinha, expondo minha opinião sobre o fato.

Como os dois estavam, em suas discussões, complementando em partes, um a teoria do outro, fomos mais profundamente na discussão. Para Kafka, um marxista de carteirinha, embora não assuma, a mídia tem o poder de alienar e mandar na vida das pessoas. Fazer gostar ou não de determinado assunto ou posição política, enfim, a mídia é o ópio do povo. Para Erickson, isso é uma grande merda, pois a pessoa pode mudar de canal, desligar a TV, ler um livro, e etc., enfim, não precisava ficar assistindo aquilo. Tais programas de TV ou novelas têm audiência porque tem alguém para assistir. Kafka dizia que as emissoras colocavam a questão de forma corriqueira, no dia-a-dia dos personagens, tentando passar que aquele programa estava traduzindo a realidade externa para a realidade “interna” à televisão. Erickson tentou explicar que era isso mesmo. A mídia filtra a realidade e a expõe segundo seu prisma. É tendenciosa? Sim é tendenciosa. O que não é tendencioso tratando-se do ser humano?

Vou expor minha opinião. Primeiro, a mídia é coisa do demônio. Veja bem, você assiste em um jornalzinho sensacionalista destes que estão por ai que houve um homicídio. A polícia estava investigando por que a pessoa 1 matou a pessoa 2. A pessoa 3 estava do lado e viu que a pessoa 2 sequestrou o filho da pessoa 1 e foi cobrar o resgate. A pessoa 1 perdeu a cabeça e assassinou a pessoa 2. Isso não está certo, mais por isso que existe a tal da “excludente de punibilidade por violenta emoção ou embriaguês”. A pessoa 4 que estava do outro lado da rua viu a discussão ser entender o motivo, mais viu 1 matar o 2. A polícia toma o depoimento de 4 e os jornais o colocam nas manchetes, “Segundo testemunha ocular, uma velhinha de 80 anos que faz uma excelente assistência social em nossa cidade, salvando mais de 50.000.000 de pessoas das drogas e que viajou por mais de 250 países pregando a paz e o amor, o acusado 1 matou violentamente a vítima, e com requintes de crueldade”. Para os despreparados filosoficamente e que não tenham uma cultura tão vasta, irão para as portas de bar, cabeleireiros, oficinas e afins, dizer o quão monstro é a pessoa 1, que aquilo é coisa do inimigo, matar uma pessoa inocente, essas coisas. Então? E agora? A mídia é determinante ou não? Mais defendendo Erickson, para mim, a mídia é um produto como qualquer outro, e está ali para ser vendida, compra quem quer. Não é o fato de passar uma propaganda das Casas Roraima, que eu só vá comprar lá. Pois EU SEI que existem outras lojas como o Ponto Morno, por exemplo. Com o homossexualismo é a mesma coisa. Está passando na TV, mais eu compro se eu quiser, como sei que sou hétero, isso faz com que eu mude o canal ou desligue a TV. A mídia influencia o pensamento das pessoas? Sim, influencia. Mas isso vai depender do estágio psicológico e idiossincrático de cada um. Vai depender se você é um formador de opinião, um ser crítico, ou é um Maria-vai-com-as-outras. No caso dos adolescentes do Brasil e do mundo, que não têm mais estrutura familiar, é complexo. Pois a moda agora é ser bissexual. A modinha EMO diz que é bonito beijar homens e mulheres ao mesmo tempo. Eu tenho uma opinião de que o sentimento fraterno de amor está sendo convertido em sentimento sexual. O fato de ser mostrado na mídia que é normal a relação entre pessoas do mesmo sexo, o que não deixa de ser, impulsiona de certa forma tais relações entre os adolescente, mais compra quem quiser. O fato é que não podemos nos ater somente no discurso determinista e moldado de que a culpa é dos outros, pois a culpa é nossa, e somente nossa. Nós estamos entregando a guarda de nossos filhos ao Estado, mandando-os para a escola e achando que é dever deles dar educação civil e moral às nossas crianças. A culpa é da estrutura familiar, pois, quando existe, é substituída por novelas e programas de auditório. Ou vocês não perceberam que as pessoas da mesma família só se sentam juntas para assistir TV? A culpa é da família que não passa estrutura filosófica e discernimento moral sobre assuntos do homem. Agora vem gente falar que a TV é que faz coisas ruins para a humanidade, não dá. Cada homem e mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo e seu pensamento. Desde que não interfira na vida dos outros. Os princípios morais e filosóficos devem ser passados pela família, para um melhor entendimento sobre as coisas do mundo, não um conhecimento científico (esse é dado pela escola) mais um conhecimento humano e idiossincrático, mostrando que personalidade não é poder escolher o que quiser, seja ser gay ou hetero, cristão ou satanista, punk ou nazista, e sim mostrando que personalidade é quando a pessoa sabe o que quer e defende isso com conhecimento e causa, não por mídias ou notas de rodapé, mais por incisões na carne.

Mais uma vez, a mídia não forma pensamento, a falta de conhecimento é que causa a aceitação de qualquer teoria, modinha ou estilo de vida.

Então é isso, ficou meio grande, não consegui passar direito a mensagem, mais explicarei melhor que o erro é individual e não da interiorização do coletivo, pois as pessoas têm tendência a aceitarem o que lhes faz pertencer a um grupo, e não o grupo que se faz ser aceitado.

"O Homem nasce ímpio, a família que o ensina a se deixar corromper."

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